quinta-feira, 1 de julho de 2010

Imagem referente à história


Atriz Elizabeth Taylor no papel de a megera domada

Música: Anacrônico - Pitty

Essa música remete à parte da história em que Catarina se casa e vai morar na casa do atual esposo, onde realmente consegue mudar o seu jeito mandão e chato. Lá a vida da personagem se torna bastante diferente da vida que tinha quando morava com o pai.

Anacrônico

É claro que somos as mesmas pessoas.
Mas pare e perceba como seu dia-a-dia mudou.
Mudaram os horários, hábitos, lugares.
Inclusive as pessoas ao redor.
São outros rostos, outras vozes.
Interagindo e modificando você.
E aí surgem novos valores.
Vindos de outras vontades.
Alguns caindo por terra.
Pra outros poderem crescer.
Caem 1, 2, 3, caem 4.
A terra girando não, se pode parar.
.
Outras situações em outras circunstâncias.
Entre uma e outras vezes vivem os mesmos defeitos.
Todas aquelas marcas do jeito de cada um.
Alguns ainda caem por terra.
Pra outros poderem crescer.
Caem 1,2,3 caem 4 .
A terra girando não, se pode parar.

Outro ciclo em diferentes fases.
Vivendo de outra forma.
Com outros interesses, outras ambições.
Mais fortes, somadas com as anteriores.
Mudança de prioridades.
Mudança de direção.
Alguns ainda caem por terra.
Pra outros poderem crescer.

Trecho reflexivo do livro: "A megera domada" de William Shakespeare

página 83:

"__Como todo homem, ele quer ter a ilusão de que manda na mulher, nos filhos, nos empregados. Nos empregados até que manda, porque ninguém quer se ver no olho da rua, sem eira nem beira, mas mesmo assim a gente desobedece...Nos filhos também poderá mandar, até certa idade, porque um dia eles crescem e começam a achar o pai antiquado, ranzinza, exigente demais. Só que os filhos que se rebelam abertamente podem acabar sendo deserdados, enquanto os que tentam dialogar com jeitinho ou até fingem concordar com tudo se dão bem...Com a mulher é a mesma coisa...ela deve tentar o diálogo e, se este não for possível, deve agir com habilidade, com... - Ludovica se calou por um instante, procurando lembrar-se da palavra que ouvira algumas vezes na sala do casarão, quando servia o jantar para os convidados do patrão, e por fim concluiu: - ...com diplomacia!"

Achei esse trecho do livro muito interessante, porque as palavras de Ludovica não fazem apenas Catarina pensar sobre o assunto, mas também todos os leitores. Outra coisa que também chama a atenção é o fato de esse conselho tão valioso ter vindo de uma pessoa humilde, mostrando também que as pessoas simples são as que têm os melhores valores e que nem sempre a riqueza representa tudo.
Quando a personagem diz que as coisas sempre devem ser resolvidas por meio da diplomacia, ela consegue finalmente convencer Catarina a ser uma pessoa melhor, coisa que ninguém tinha conseguido fazer até aquele momento, ou seja, as palavras possuem mais valor e influência do que os atos.