quarta-feira, 31 de março de 2010
Definição de filosofia
Em tempos remotos, eram chamados de sábios os indivíduos responsáveis pela orientação geral da sociedade. Eram eles portadores de “conhecimentos” acerca das tradições, da simbologia, da moral, da religião, etc. Os sábios propiciavam ao grupo social o sentimento de sua unidade cultural e a posse de sua identidade.
Foi Pitágoras quem, segundo a tradição, recusou o título de sábio, preferindo ser chamado de amigo ou desejoso da sabedoria por amá-la sem nunca possuí-la por completo. Filosofia significa justamente amor à sabedoria. Filosofia é, portanto, um tipo de saber, uma sabedoria que se busca. Na Antiguidade, os que eram chamados de sábios (sacerdotes, poetas1, profetas…) eram responsáveis - consciente ou inconscientemente - pelo fornecimento dos elementos necessários para que as pessoas pudessem se colocar dentro da realidade, ou seja, o ser humano sempre necessitou de razão de ser, pelo menos desde o momento longínquo em que o indivíduo (sua consciência) foi capaz de perceber o mundo à sua volta e a si mesmo como realidade particular, individual, buscando a compreensão do mundo e de si mesmo, procurando suprir sua necessidade de sentido. Eram os sábios quem auxilivam os demais membros da sociedade nessa tarefa: a de encontrar o sentido da realidade.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Filme "Em busca da felicidade"
Baseado em fatos reais o filme Em Busca da Felicidade traz um drama de um pai que faz o possível e o impossível para cuidar de sua família, mas nunca possui o dinheiro necessário para isso. Chris Gardner feito pelo ator Will Smith emprega todo o seu dinheiro na compra de scanners que é usado em consultórios médicos para realizar exames e com eles tenta vende-los para sustentar sua família. O que ele não sabia é que muitos médicos não queriam investir tanto, pois o aparelho era muito caro e assim era bastante difícil conseguir vender a máquina.
Com tantas dificuldades Chris Gardner vive um grave amor, pois sua esposa não agüenta aquela situação e sai de casa abandonando o marido. Chris mesmo passando por muitas dificuldades não deixa que sua esposa leve seu filho de cinco anos Christopher atuado por Jaden Smith e fica com ele. Chris quer muito um emprego fixo onde ele possa ganhar melhor e sustentar seu filho e por isso ele tenta de todas as maneiras conseguir um emprego em uma conceituada empresa de corretores e fique muitos dias atrás do chefe da empresa até que ele consegue um estagio. Nesse estagio Chris não esperava que fosse sem remuneração durante três meses, mas mesmo assim aceita e ai começa sua luta para cuidar de seu filho sem nenhum dinheiro em casa para isso.
A primeira de suas necessidades foi quando o dono do apartamento onde ele morava o despejou e com isso ele precisou ir para outro lugar onde não passou muito tempo para ser despejado também. Em meio a tantas dificuldades Chris se vê com o filho de cinco anos em uma rodoviária e sem lugar para dormir. O pai que mais parece o homem de ferro resolve fazer uma brincadeira com o filho e diz a ele que seu scanner é uma máquina do tempo e que eles tinham voltado para o tempo dos dinossauros e que havia muitos atrás deles. Com isso o garoto diz estar vendo os animais e pergunta ao paio que eles iriam fazer e o pai diz que precisavam de uma caverna para se esconder e entra com o filho dentro do banheiro da rodoviária e facha a porta. Ali ele passa a noite com seu filho que dorme em seu colo enquanto ele chora muito por causa da situação. É uma das cenas mais fortes do filme e conter a lágrimas é impossível.
Depois dessa noite o pai fica sabendo que pode dormir com o filho em um albergue, mas precisam estar todos os dias às cinco horas na fila para conseguir um quarto. Por causa de seu curso na empresa o tempo fica bastante corrido e em um dos dias eles perdem a hora e precisam dormir dentro do ônibus que rodou a cidade a noite toda, mas eles não desceram. Chris precisava se sair muito bem na prova no fim do curso, pois eram vinte estagiários e uma vaga. Como vencer a crise para Chris foi bastante difícil, mas no dia da prova Chris passou no teste e consegui o emprego na corretora.
No final da história Chris se torna uma homem muito rico e poderoso, apesar de todas as dificuldades que passou.
Mensagem do filme:
Nunca devemos desistir de nossos sonhos por mais distantes que pareçam. Vencendo todas as dificuldades nós consequimos encontrar a verdadeira felicidade, que não se baseia em coisas materiais, mas sim em paz de espírito e alegria!!!
Com tantas dificuldades Chris Gardner vive um grave amor, pois sua esposa não agüenta aquela situação e sai de casa abandonando o marido. Chris mesmo passando por muitas dificuldades não deixa que sua esposa leve seu filho de cinco anos Christopher atuado por Jaden Smith e fica com ele. Chris quer muito um emprego fixo onde ele possa ganhar melhor e sustentar seu filho e por isso ele tenta de todas as maneiras conseguir um emprego em uma conceituada empresa de corretores e fique muitos dias atrás do chefe da empresa até que ele consegue um estagio. Nesse estagio Chris não esperava que fosse sem remuneração durante três meses, mas mesmo assim aceita e ai começa sua luta para cuidar de seu filho sem nenhum dinheiro em casa para isso.
A primeira de suas necessidades foi quando o dono do apartamento onde ele morava o despejou e com isso ele precisou ir para outro lugar onde não passou muito tempo para ser despejado também. Em meio a tantas dificuldades Chris se vê com o filho de cinco anos em uma rodoviária e sem lugar para dormir. O pai que mais parece o homem de ferro resolve fazer uma brincadeira com o filho e diz a ele que seu scanner é uma máquina do tempo e que eles tinham voltado para o tempo dos dinossauros e que havia muitos atrás deles. Com isso o garoto diz estar vendo os animais e pergunta ao paio que eles iriam fazer e o pai diz que precisavam de uma caverna para se esconder e entra com o filho dentro do banheiro da rodoviária e facha a porta. Ali ele passa a noite com seu filho que dorme em seu colo enquanto ele chora muito por causa da situação. É uma das cenas mais fortes do filme e conter a lágrimas é impossível.
Depois dessa noite o pai fica sabendo que pode dormir com o filho em um albergue, mas precisam estar todos os dias às cinco horas na fila para conseguir um quarto. Por causa de seu curso na empresa o tempo fica bastante corrido e em um dos dias eles perdem a hora e precisam dormir dentro do ônibus que rodou a cidade a noite toda, mas eles não desceram. Chris precisava se sair muito bem na prova no fim do curso, pois eram vinte estagiários e uma vaga. Como vencer a crise para Chris foi bastante difícil, mas no dia da prova Chris passou no teste e consegui o emprego na corretora.
No final da história Chris se torna uma homem muito rico e poderoso, apesar de todas as dificuldades que passou.
Mensagem do filme:
Nunca devemos desistir de nossos sonhos por mais distantes que pareçam. Vencendo todas as dificuldades nós consequimos encontrar a verdadeira felicidade, que não se baseia em coisas materiais, mas sim em paz de espírito e alegria!!!
Conto (produção)
O coração
Autora: Rafaela Schneider (eu!!! ;D)
Em uma pequena aldeia morava um garoto chamado Jean, ele era muito curioso e sempre inventava explicações imaginágias para tudo que não podia ser explicado na época.
Um dia se deparou com uma menina muito bonita e se sentiu muito atraido por ela. Como nunca havia sentido nada parecido antes e também não consequeria explicar esse sentimento de uma forma racional, inventou uma explicação: que quando se via o parceiro ideal, o homem ou a mulher sentia alguma coisa chamada amor, que brotava nos orgãos e fazia a pessoa se sentir muito bem. Apesar da bela explicação de Jean, havia outra coisa que também acontecia nesses momentos mas que ele não conseguiu indentificar o que era: uma coisinha que ficava pulando e batendo em seu peito sem parar e que parecia que iria pular para fora da garganta a qualquer momento. Ele ficou semanas e semanas remoendo esse problema até que chegou à uma conclusão: aquela coisinha chamaria de coração, porque quando ela batia forte sua pele ficava corada, cheia de cor, e seu sangue se movia em uma ação vertiginhosa, ou seja, cor+ação.
Autodescrição
Não sou estável, mas também não mudo à todo momento. Às vezes não sei se edifico ou se desmorono, se saio ou se fico, se falo ou se me calo. A vida é constante mais ao mesmo tempo confusa. Um dia você poderá me ver feliz e no outro triste. Sou previsível, mas ao mesmo tempo é difícil prever a minha próxima ação. Penso, faço e desfaço, rio me divirto sem saber do amanhã, o que fazer no futuro. Só sei que serei alguma coisa boa, uma pessoa boa, mas no momento não sei como fazer isso. É o mesmo que querer tocar um piano, saber que vai tocá-lo um dia, mais não saber como fazerá isso, parece tão distante...
Dizem que a vida é bela, mas isso depende do seu ponto de vista, do que você acha bom ou não, ou seja, o que é melhor é só uma questão de opinião, cada pessoa tem a sua.
Vivo cada dia no seu dia, no seu devido tempo, faço o que acho certo no momento. Mudo de opinião, mas ainda continuo sendo a mesma garota de cabelos castanhos com cachos nas pontas, que poucos conhecem de verdade, que causa uma impressão diferente da realidade, que tem seus momentos bons e ruins, que ama como qualquer outra pessoa, que vive intensamente e loucamente cada segundo de lucidez...
Música: "Entre nós dois"
Compositor(es): Di Ferrero/Gee Rocha
Tem coisas que não dá pra esconder
Que todo mundo vê
Que se entregam pelo olhar e vive uma mentira
Ou mentem pra viver como uma frustração
Como uma saída
O tempo revela todas as respostas dentro de cada um
[Refrão]
Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez mais te vejo em mim
Nem tudo é como a gente quer
É como tem que ser
Acho que só vou saber
Mesmo como sou
Quando perder pra sempre algo que realmente faz falta
O tempo revela todas as respostas dentro de cada um
[Refrão]
Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez (cada vez mais) mais te vejo em mim
Não tem como esconder meu desejo (de te ter de novo)
Tente ver em meus olhos o que eu sinto
(Vai além das palavras)
Preciso te dizer
[Refrão]
Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez mais te vejo em mim
aaah aaah ãã
aaah aaah ãã
[Refrão]
Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez mais te vejo em mim
aaah aaah ãã
aaah aaah ãã
Tem coisas que não dá pra esconder
Que todo mundo vê
Que se entregam pelo olhar e vive uma mentira
Ou mentem pra viver como uma frustração
Como uma saída
O tempo revela todas as respostas dentro de cada um
[Refrão]
Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez mais te vejo em mim
Nem tudo é como a gente quer
É como tem que ser
Acho que só vou saber
Mesmo como sou
Quando perder pra sempre algo que realmente faz falta
O tempo revela todas as respostas dentro de cada um
[Refrão]
Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez (cada vez mais) mais te vejo em mim
Não tem como esconder meu desejo (de te ter de novo)
Tente ver em meus olhos o que eu sinto
(Vai além das palavras)
Preciso te dizer
[Refrão]
Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez mais te vejo em mim
aaah aaah ãã
aaah aaah ãã
[Refrão]
Tem coisas em você que me fazem bem não sei por que
E entre nós dois
Sempre foi e sempre será assim
Cada vez mais te vejo em mim
aaah aaah ãã
aaah aaah ãã
Conto (leitura)
A pequena vendedora de fósforos
(Hans Christian Andersen)
Fazia um frio terrível; caía a neve e estava quase escuro; a noite descia: a última noite do ano.
Em meio ao frio e à escuridão uma pobre menininha, de pés no chão e cabeça descoberta, caminhava pelas ruas.
Quando saiu de casa trazia chinelos; mas de nada adiantavam, eram chinelos tão grandes para seus pequenos pezinhos, eram os antigos chinelos de sua mãe.
A menininha os perdera quando escorregara na estrada, onde duas carruagens passaram terrivelmente depressa, sacolejando.
Um dos chinelos não mais foi encontrado, e um menino se apoderara do outro e fugira correndo.
Depois disso a menininha caminhou de pés nus - já vermelhos e roxos de frio.
Dentro de um velho avental carregava alguns fósforos, e um feixinho deles na mão.
Ninguém lhe comprara nenhum naquele dia, e ela não ganhara sequer um níquel.
Tremendo de frio e fome, lá ia quase de rastos a pobre menina, verdadeira imagem da miséria!
Os flocos de neve lhe cobriam os longos cabelos, que lhe caíam sobre o pescoço em lindos cachos; mas agora ela não pensava nisso.
Luzes brilhavam em todas as janelas, e enchia o ar um delicioso cheiro de ganso assado, pois era véspera de Ano-Novo.
Sim: nisso ela pensava!
Numa esquina formada por duas casas, uma das quais avançava mais que a outra, a menininha ficou sentada; levantara os pés, mas sentia um frio ainda maior.
Não ousava voltar para casa sem vender sequer um fósforo e, portanto sem levar um único tostão.
O pai naturalmente a espancaria e, além disso, em casa fazia frio, pois nada tinham como abrigo, exceto um telhado onde o vento assobiava através das frinchas maiores, tapadas com palha e trapos.
Suas mãozinhas estavam duras de frio.
Ah! bem que um fósforo lhe faria bem, se ela pudesse tirar só um do embrulho, riscá-lo na parede e aquecer as mãos à sua luz!
Tirou um: trec! O fósforo lançou faíscas, acendeu-se.
Era uma cálida chama luminosa; parecia uma vela pequenina quando ela o abrigou na mão em concha...
Que luz maravilhosa!
Com aquela chama acesa a menininha imaginava que estava sentada diante de um grande fogão polido, com lustrosa base de cobre, assim como a coifa.
Como o fogo ardia! Como era confortável!
Mas a pequenina chama se apagou, o fogão desapareceu, e ficaram-lhe na mão apenas os restos do fósforo queimado.
Riscou um segundo fósforo.
Ele ardeu, e quando a sua luz caiu em cheio na parede ela se tornou transparente como um véu de gaze, e a menininha pôde enxergar a sala do outro lado. Na mesa se estendia uma toalha branca como a neve e sobre ela havia um brilhante serviço de jantar. O ganso assado fumegava maravilhosamente, recheado de maçãs e ameixas pretas. Ainda mais maravilhoso era ver o ganso saltar da travessa e sair bamboleando em sua direção, com a faca e o garfo espetados no peito!
Então o fósforo se apagou, deixando à sua frente apenas a parede áspera, úmida e fria.
Acendeu outro fósforo, e se viu sentada debaixo de uma linda árvore de Natal. Era maior e mais enfeitada do que a árvore que tinha visto pela porta de vidro do rico negociante. Milhares de velas ardiam nos verdes ramos, e cartões coloridos, iguais aos que se vêem nas papelarias, estavam voltados para ela. A menininha espichou a mão para os cartões, mas nisso o fósforo apagou-se. As luzes do Natal subiam mais altas. Ela as via como se fossem estrelas no céu: uma delas caiu, formando um longo rastilho de fogo.
"Alguém está morrendo", pensou a menininha, pois sua vovozinha, a única pessoa que amara e que agora estava morta, lhe dissera que quando uma estrela cala, uma alma subia para Deus.
Ela riscou outro fósforo na parede; ele se acendeu e, à sua luz, a avozinha da menina apareceu clara e luminosa, muito linda e terna.
- Vovó! - exclamou a criança.
- Oh! leva-me contigo!
Sei que desaparecerás quando o fósforo se apagar!
Dissipar-te-ás, como as cálidas chamas do fogo, a comida fumegante e a grande e maravilhosa árvore de Natal!
E rapidamente acendeu todo o feixe de fósforos, pois queria reter diante da vista sua querida vovó. E os fósforos brilhavam com tanto fulgor que iluminavam mais que a luz do dia. Sua avó nunca lhe parecera grande e tão bela. Tornou a menininha nos braços, e ambas voaram em luminosidade e alegria acima da terra, subindo cada vez mais alto para onde não havia frio nem fome nem preocupações - subindo para Deus.
Mas na esquina das duas casas, encostada na parede, ficou sentada a pobre menininha de rosadas faces e boca sorridente, que a morte enregelara na derradeira noite do ano velho.
O sol do novo ano se levantou sobre um pequeno cadáver.
A criança lá ficou, paralisada, um feixe inteiro de fósforos queimados. - Queria aquecer-se - diziam os passantes.
Porém, ninguém imaginava como era belo o que estavam vendo, nem a glória para onde ela se fora com a avó e a felicidade que sentia no dia do Ano Novo.
Curiosidades
Esse conto nos faz refletir questões importantes como: o abandono, a miséria, a fome, a indiferença, a inveja, a exclusão.
É importante que pensemos nessas questões e no que podemos fazer para ajudar a tornar a vida do nosso próximo e por conseqüência, a nossa melhor.
Que as pequenas e os pequenos vendedores de fósforo tenham histórias lindas, cheias de amor, compaixão, ajuda, carinho e felicidade.
(Hans Christian Andersen)
Fazia um frio terrível; caía a neve e estava quase escuro; a noite descia: a última noite do ano.
Em meio ao frio e à escuridão uma pobre menininha, de pés no chão e cabeça descoberta, caminhava pelas ruas.
Quando saiu de casa trazia chinelos; mas de nada adiantavam, eram chinelos tão grandes para seus pequenos pezinhos, eram os antigos chinelos de sua mãe.
A menininha os perdera quando escorregara na estrada, onde duas carruagens passaram terrivelmente depressa, sacolejando.
Um dos chinelos não mais foi encontrado, e um menino se apoderara do outro e fugira correndo.
Depois disso a menininha caminhou de pés nus - já vermelhos e roxos de frio.
Dentro de um velho avental carregava alguns fósforos, e um feixinho deles na mão.
Ninguém lhe comprara nenhum naquele dia, e ela não ganhara sequer um níquel.
Tremendo de frio e fome, lá ia quase de rastos a pobre menina, verdadeira imagem da miséria!
Os flocos de neve lhe cobriam os longos cabelos, que lhe caíam sobre o pescoço em lindos cachos; mas agora ela não pensava nisso.
Luzes brilhavam em todas as janelas, e enchia o ar um delicioso cheiro de ganso assado, pois era véspera de Ano-Novo.
Sim: nisso ela pensava!
Numa esquina formada por duas casas, uma das quais avançava mais que a outra, a menininha ficou sentada; levantara os pés, mas sentia um frio ainda maior.
Não ousava voltar para casa sem vender sequer um fósforo e, portanto sem levar um único tostão.
O pai naturalmente a espancaria e, além disso, em casa fazia frio, pois nada tinham como abrigo, exceto um telhado onde o vento assobiava através das frinchas maiores, tapadas com palha e trapos.
Suas mãozinhas estavam duras de frio.
Ah! bem que um fósforo lhe faria bem, se ela pudesse tirar só um do embrulho, riscá-lo na parede e aquecer as mãos à sua luz!
Tirou um: trec! O fósforo lançou faíscas, acendeu-se.
Era uma cálida chama luminosa; parecia uma vela pequenina quando ela o abrigou na mão em concha...
Que luz maravilhosa!
Com aquela chama acesa a menininha imaginava que estava sentada diante de um grande fogão polido, com lustrosa base de cobre, assim como a coifa.
Como o fogo ardia! Como era confortável!
Mas a pequenina chama se apagou, o fogão desapareceu, e ficaram-lhe na mão apenas os restos do fósforo queimado.
Riscou um segundo fósforo.
Ele ardeu, e quando a sua luz caiu em cheio na parede ela se tornou transparente como um véu de gaze, e a menininha pôde enxergar a sala do outro lado. Na mesa se estendia uma toalha branca como a neve e sobre ela havia um brilhante serviço de jantar. O ganso assado fumegava maravilhosamente, recheado de maçãs e ameixas pretas. Ainda mais maravilhoso era ver o ganso saltar da travessa e sair bamboleando em sua direção, com a faca e o garfo espetados no peito!
Então o fósforo se apagou, deixando à sua frente apenas a parede áspera, úmida e fria.
Acendeu outro fósforo, e se viu sentada debaixo de uma linda árvore de Natal. Era maior e mais enfeitada do que a árvore que tinha visto pela porta de vidro do rico negociante. Milhares de velas ardiam nos verdes ramos, e cartões coloridos, iguais aos que se vêem nas papelarias, estavam voltados para ela. A menininha espichou a mão para os cartões, mas nisso o fósforo apagou-se. As luzes do Natal subiam mais altas. Ela as via como se fossem estrelas no céu: uma delas caiu, formando um longo rastilho de fogo.
"Alguém está morrendo", pensou a menininha, pois sua vovozinha, a única pessoa que amara e que agora estava morta, lhe dissera que quando uma estrela cala, uma alma subia para Deus.
Ela riscou outro fósforo na parede; ele se acendeu e, à sua luz, a avozinha da menina apareceu clara e luminosa, muito linda e terna.
- Vovó! - exclamou a criança.
- Oh! leva-me contigo!
Sei que desaparecerás quando o fósforo se apagar!
Dissipar-te-ás, como as cálidas chamas do fogo, a comida fumegante e a grande e maravilhosa árvore de Natal!
E rapidamente acendeu todo o feixe de fósforos, pois queria reter diante da vista sua querida vovó. E os fósforos brilhavam com tanto fulgor que iluminavam mais que a luz do dia. Sua avó nunca lhe parecera grande e tão bela. Tornou a menininha nos braços, e ambas voaram em luminosidade e alegria acima da terra, subindo cada vez mais alto para onde não havia frio nem fome nem preocupações - subindo para Deus.
Mas na esquina das duas casas, encostada na parede, ficou sentada a pobre menininha de rosadas faces e boca sorridente, que a morte enregelara na derradeira noite do ano velho.
O sol do novo ano se levantou sobre um pequeno cadáver.
A criança lá ficou, paralisada, um feixe inteiro de fósforos queimados. - Queria aquecer-se - diziam os passantes.
Porém, ninguém imaginava como era belo o que estavam vendo, nem a glória para onde ela se fora com a avó e a felicidade que sentia no dia do Ano Novo.
Curiosidades
Esse conto nos faz refletir questões importantes como: o abandono, a miséria, a fome, a indiferença, a inveja, a exclusão.
É importante que pensemos nessas questões e no que podemos fazer para ajudar a tornar a vida do nosso próximo e por conseqüência, a nossa melhor.
Que as pequenas e os pequenos vendedores de fósforo tenham histórias lindas, cheias de amor, compaixão, ajuda, carinho e felicidade.
domingo, 7 de março de 2010
Qual é a relação entre a região dos Balcãs e a Primeira Guerra Mundial?
Veja a resposta a essa pergunta e a muitas outras no livro: Guerra dos Balcãs
Autor: John Reed
Tradutor: Ludimila Hashimoto Barros
Editora: Conrad
Nº de páginas: 279
ISBN: 8587193589
Em 1914, começa a Primeira Guerra Mundial na Europa. O jornalista John Reed, da revista norte-americana Metropolitan, é enviado para lá a fim de “cobrir” o conflito. Viajando pela Inglaterra, França, Suíça, Itália, Alemanha e Bélgica, Reed presencia combates entre três exércitos. Logo depois, volta para os EUA. Em 1915, porém, o jornalista retorna ao Velho Continente. Dessa vez, seu destino é o Leste Europeu, e ele viaja acompanhado pelo ilustrador inglês Bordman Robinson. Esta viagem é relatada em Guerra dos Bálcãs, de John Reed, uma obra extremamente interessante e bem escrita que é um relato de viagem cheio de vida, cores e aromas. Nesse livro, o autor não quis falar sobre grandes heróis, generais e batalhas da Primeira Guerra Mundial, mas, sim, da vida da população dos Balcãs e de suas vestimentas, moradias, hábitos, valores e humor (ou mau humor). Sobre os exércitos, Reed fala das canções, dos uniformes e das expectativas. Em suas viagens de trem, carroça e a pé, o autor observou a paisagem, a arquitetura, as cidades, as doenças... e as relatou em seu livro. A passagem mais impressionante fala sobre a epidemia de tifo que alcançou e dizimou grande parte da população da Sérvia. Reed nos leva a viajar junto com ele pela Grécia, Sérvia, Rússia, Constantinopla, Bulgária e Romênia. E seu companheiro de viagem, Robinson, por meio de desenhos que ilustram o livro, faz com que visualizemos uma parte do que foi essa fantástica viagem. Surpreendem o número de vezes que eles foram presos durante o trajeto em suas tentativas de conseguir visto nas embaixadas e as conversas que a dupla teve com espiões, soldados, comerciantes e camponeses em bares, restaurantes e ruas. Guerra dos Bálcãs abre nossos olhos para algumas das raízes que ocasionaram as guerras contemporâneas na região dos Balcãs. Essa obra prende a leitura do início ao fim e é recomendada para historiadores e todas as pessoas interessadas em conhecer um pouco mais do nosso mundo e da diversidade cultural que existe nele. É uma reportagem histórica imperdível!
sábado, 6 de março de 2010
Àgua na lua
Dados da missão LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite), pertencente à NASA, demonstraram a descoberta de água durante os impactos realizados em 9 de outubro de 2009, na superfície lunar.
A água lunar está situada no pólo sul da Lua, numa região sombria da cratera de Cabeus. Há uma quantidade significativa de água, sendo um potencial recurso para futuras missões e instalações humanas. Os cientistas perceberam que a água estava presente nas duas partes do material resultante da explosão da superfície lunar.
Para detectar a existência de água, utilizaram espectrais infravermelhas da água e as comparou ao infravermelho coletado pela LCROSS na Lua. Suspeita-se que a quantidade de água na Lua seja maior e distribuída por todo o território do satélite da Terra.
O impacto da missão, criado pelo foguete Centauro gerou dois materiais da base da cratera, o primeiro era composto por vapor e poeira fina; o segundo por materiais pesados. A equipe da Nasa trabalhou sobre espectrômetros de satélite, que analisa a luz emitida e absorvida por materiais.
A superfície lunar é composta por dois metros de espessura de regolito em sua camada. O regolito é uma poeira fina e heterogênea. Cientistas da Nasa acreditam que a água esteja misturada de forma congelada nessa camada de regolito.
O que possibilitaria a extração dessa água seria o uso da microondas, que são facilmente absorvidas pelo regolito. Aquecer o regolito seria possível pela existência de 5% de ferro no solo da Lua.
Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u652093.shtml
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=microondas-poderao-extrair-agua-na-lua-e-em-marte&id=
Calendário Maia
Estava navegando pela web, e encontrei essa matéria sobre o calendário maia, o que achei interensante nela foi a relação entre esse tao misterioso calendário e superstição de o mundo irá acabar em 2012 (tem até um filme com esse tema), não vou contar agora senão ler a matéria vai perder a graça, então: boa leitura!!!!
O calendário Maia
O calendário de conta longa, atualmente mais conhecido como calendário maia, é um entre os diversos sistemas temporais utilizados pelos maias. Ele tem início em 11 de agosto de 3114 a.C., da mesma forma que o nosso começa no primeiro dia do primeiro mês da era cristã, o qual marca o suposto momento em que Jesus Cristo nasceu.
Ele é organizado em unidades temporais crescentes. Cada 20 dias completam o que corresponderia a um ‘mês’, ou seja, entre os nativos, o uinal. 18 uinals constituem um tun ou o ‘ano’ ocidental. Por sua vez, 20 tuns formam um katun, enquanto 400 tuns configuram o baktun.
O processo de enumeração ocidental dos séculos é infinito, mas o calendário maia tem uma duração limitada prescrita, 5200 anos. Assim, ele teria seu fim em 13.0.0.0.0, transcrita por muitos pesquisadores – não por todos – como a data cultivada por nossa civilização, 21 de dezembro de 2012.
Mas isto não quer dizer, como aventam muitos teóricos do final do mundo, que os maias acreditassem realmente em uma espécie de Apocalipse marcado para este momento. Eles não cultivavam, como dizem alguns estudiosos, uma ideia linear de tempo, portanto não podiam acreditar que, em um determinado ponto da reta, tudo se esgotaria.
Eles viam o tempo como uma sucessão de ciclos, os dos fenômenos naturais, os das concepções de morte-reencarnação, os da sua própria visão temporal. Vários dos ritos maias estavam ligados a esta mentalidade cíclica. Com o calendário de conta longa, eles conseguem criar uma marcação linear, mas o caráter repetitivo da passagem do tempo está imbuído na mentalidade desta civilização.
Alguns analistas crêem, portanto, que o final do calendário maia, possivelmente em 2012, seja o início de um novo ciclo para este povo, assim como o último dia do ano ocidental dá lugar ao começo de um novo ano. O imaginário é mais forte do que qualquer técnica adotada pelas sociedades mesoamericanas.
O calendário maia mais significativo é o que leva em conta a existência de 260 dias no período que corresponde ao que conhecemos como ‘ano’. Ele é cientificamente conhecido como tzolkin, que aliado a um calendário de 365 dias – denominado haab -, constitui o que se considera a roda calendárica.
É com a contagem longa, porém, que se pode finalmente distinguir um evento de outro no calendário. Ele tem como base a contagem de dias a partir de uma data inicial, normalmente marcada por um acontecimento mítico. Este marcador temporal tem configuração linear; assim é possível situar um fato ocorrido em um determinado momento do passado, e outro que ocorrerá futuramente.
Os maias também se baseavam em dados lunares e no ciclo de Vênus, com 584 dias, além de outros ciclos menos importantes, para completar sua compreensão da passagem do tempo. Mas foi com a contagem longa que eles conseguiram datar seus monumentos, estelas e pirâmides, o que permite aos arqueólogos, hoje, resgatar um pouco da história deste povo.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Calendário_maia
http://hypescience.com/profecia-maia-calendario-2012/
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